sábado, 10 de maio de 2008

O que não aceito, e nunca aceitarei, é a falta de visão do cidadão que acha que cidadania é presenciar com seu voto a cada dois anos. Ser cidadão é ser esponsável por TODOS, pobres, ricos, classe-média... homens, mulheres e crianças... isso é viver em sociedade, em CIDADE (que pode ser considerado o coletivo de cidadão). Mas, infelizmente, a celebração da ignorância feita pelas elites (e quando falo de elites não falo apenas da elite econômica) em toda a história humana. E é sob esta perspectiva que me torno fã dOs Simpsons... onde a figura de Homer é a do cidadão comum estado-unidense: ignorante, fútil e egoísta; e que, infelizmente, como velhacos copiamos, e que, a velhacaria tartufa ousa transformar em modelo social.

Em corroboração ao meu discurso, está a insensibilidade das elites - entenda-se elite a relação entre classes superiores e inferiores, independente da perspectiva (ricos -> médianos; medianos -> podbres; pobres -> miseráveis); e o engessamento social promovido por discursos ideológicos comportamentais e dógmas religiosos e morais transformados, tartufamente, na Cultura.

Cultura esta, agora, já transformada em tartufice, responsável pela opressão e desvirtuação do diferente; o insentivo ao maniqueísmo social e a não aceitação de possibilidades diferentes das "aceitas" pela "sociedade" (leia-se: moral).

Este engessamento cultural transforma as pessoas em ilhas, pois não aceitam as diferenças culturais e sociais de outros povos, gerando, assim, o ódio; ódio este que por vezes se transforma em auto-repreensão por não aceitar-se diferente do modelo proposto, e que gera barbáries como o Holocausto (vide teoria que entende Hitler como um Peter Pan social e que necessitava do poder p'ra sentir-se livre).

Esta não aceitação cria também contradições óbvias em discursos, como a relação da China e do Tibet.

E voltando o foco para a China, pergunto-vos: qual a diferença filosófica real e racional do assassínio de crianças não aceitas pelo Governo Central gráças à alta taxa de natalidade, e as teorias de esterilização do pobre brasileiro? Não será violência maior a limpeza xenófoba de uma "raça"???

E, em tempo, voltando à celebração da ignorância, agora no Brasil, temos o incentivo ao discurso do "bandido bom é bandido morto" promovido pelos "cidadãos-de-bem" da nossa sociedade. Mas, oras, o que é isso se não uma limpeza social sangrenta da qual tanto se criticou o governo Chinês, Russo e Cubano ao tentar "limpar" as oposições? Será então que a vida de um oposicionaista, e que tem um status social de importâncias para os cidadãos-de-bem, vale mais que o bandido vítimado pela sociedade e rebaixado a lixo e produto de si mesmo? Seria então este discurso a concretização da tartufice do homem-de-bem ao criticar outros por agirem como tais?!?!

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